Falta pouco para meu aniversário. Oito dias, pra ser mais exata. E se tem uma coisa que eu amo é aniversário. Amo cantar parabéns, fazer discurso emocionada, abraçar até desconhecidos quando chega meu 4 de outubro (fica a dica, pessoal!).
O que tenho percebido é que enquanto a minha empolgação aumenta a cada ano, os meus amigos vão se tornando cada vez mais tímidos e envergonhados. Muitos encaram a velhice como algo ruim. Tenho amigo que quer ser jovem pra sempre.
Eu gosto da pessoa que sou hoje, mesmo com esse metabolismo lento e esses cabelos brancos que triplicaram.
A adolescente vítima de bullying, cheia de complexos e que odiava seu cabelo se tornou uma trintona que se ama. Uma pessoa que defende animais, que fala sobre feminismo e representatividade da mulher negra. Que tem derrubado barreiras grandes, desconstruindo tabus e mitos dentro de si. Como não celebrar a vida dessa pessoa fantástica? Falo isso sem falsa modéstia.
Celebrar aniversário é celebrar as conquistas de um ano. É abraçar as vitórias e reconhecer que nem tudo foram flores, mas nem tudo está perdido, não é mesmo?
Não celebrar aniversários é se negar o devido reconhecimento. Precisamos aprender a reconhecer nossos méritos. Fazer isso cercada de pessoas que amamos é melhor ainda.
Portanto, não deixe de comemorar. Não precisa ser uma grande festa, mas que essa data não passe em branco. Tenho certeza de que você tem o que comemorar. Talvez envelhecer seja isso: se reconhecer a cada ano um ser humano mais incrível e ciente dos vários "eus" que habitam dentro de cada um, como disse a querida Erika recentemente.
Eu amo e celebro a Ana Luiza que sou hoje. Celebrarei a Ana Luiza de amanhã. Sou grata ao que a Ana Luiza do passado fez por mim. Celebre e ame a pessoa que você é, foi e será. E se me encontrar por aí no dia do meu aniversário, já é meu convidado para participar desta data muito especial.
Foto: Pixabay | cbaquiran
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